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Barueri, São Paulo, Brazil
Sou psicóloga e atendo no Centro Comercial de Alphaville - SP e pelo site da psicolink. Sou voluntária no projeto CineMaterna. Mais informaçoes clicar em "Contato".

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A Separação Aconteceu... Como Ficam Pais e Filhos?





ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE TERAPIA FAMILIAR

II FÓRUM DE REFLEXÃO
 
Em nome da diretoria, da equipe organizadora e da anfitriã
Sistemas Humanos, a APTF convida a todos
para uma roda de conversa em torno do tema:

A SEPARAÇÃO ACONTECEU... COMO FICAM PAIS E FILHOS?

    Conversadores:
                        Elizabeth Polity
                        Terapeuta Familiar / Membro da Diretoria da APTF
                              Doutora em Psicologia
                              Diretora do Colégio Winnicott   
                             
                              Ivone Bertin
                        Terapeuta Familiar
                               Mestre em Psicologia - Univ. São Marcos
                             
                              Maria Amália Vitalle
                        Terapeuta Familiar - membro da APTF
                               Professora Doutora pela PUC - SP

                        Vicente Nascimento Alves
                               Psicólogo / Psicodramatista
                               Terapeuta Familiar / Terapeuta Comunitário
                               
Data: 03/12/2011                 Horário: das 9hs às 12hs

Local: Sistemas Humanos - Rua Indiana, nº 1188. Brooklin.

INSCRIÇÕES pelos telefones:  (11) 5505-8911 ou 5506-5241
                                             
             Evento gratuito
Diretoria: Pres - Maria Luiza Dias Garcia / Vice-Pres - Marianne Ramos Feijó
               1ª Secr.- Maria Luiza R.M. Piszezman
Equipe:    Vivien Bonafer Ponzoni (coodenadora)
                Marisa Micheloti / Marisa Salomão / Marcia Z.Setton / Ana Lucia Starling
Sistemas Humanos: Adriana Fráguas / Denise M. Gomes / Dilson Marun / Eliete B.
 Mattos / Janice Rechulski / Marcia Z. Setton / Marcos N. Pontes / Sandra F.Colombo /
Suzanna Levy / Vivien B. Ponzoni

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Porque você sempre esquece o que ia fazer?

Você já entrou em uma sala e esqueceu o que ia fazer lá? Sim, você e todo mundo. Pelo menos agora a ciência explica o porquê: o problema é a entrada.
“Quando você passa de um local para outro, seu cérebro identifica cada um como um novo evento, e prepara a memória para capturá-lo”, afirma o autor do estudo e professor de psicologia da Universidade de Notre Dame, Gabriel Radvansky.
Como os capítulos de um livro, cada entrada marca o fim de um episódio e o começo de outro, pelo menos para o seu cérebro. “Isso torna difícil reviver memórias anteriores porque elas já foram arquivadas”, afirma o autor.
Radvansky sugere levar um lembrete com você. “Por exemplo, se você vai da sala para a cozinha pegar um lanche, você talvez esqueça o que ia fazer quando chegar lá, já que é um novo evento. Mas, facilita se você levar algo que o lembre do que queria, como um pote”.
Mas quem deixa potes na sala?
Você pode fazer um pote com suas mãos quando estiver indo para a cozinha. Se você vai pegar uma tesoura, faça com os dedos. Assim você ajuda seu cérebro a não ser tão esquecido.
Este artigo acima é a pesquisa de Gabriel Radvansky, publicada pelo site HypeScience ele pesquisou muito para chegar a essa conclusão, eu acredito que isso possa ser uma das causas, mas cada caso é um caso e se situações de esquecimento começam a se repetir a ponto de incomodar ou ate mesmo atrapalhar o cotidiano, deverá procurar um profissional para ajudar.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Emagrecer, Anabolizantes, Suplementos...


Quem quer emagrecer tem que fazê-lo prazerosamente. O objetivo é emagrecer e permanecer magro, o que requer mudança de hábito alimentar para toda a vida. É a qualidade e não a quantidade que define o prazer. Você vai comer o necessário e suficiente para saciar a fome Existem maneiras de fazer com que menos alimento resulte em mais prazer e em saciedade. Quando você come ansioso, nervoso, preocupado, não está comendo por prazer, mas para aliviar a tensão. Fome resolve-se com comida. Ansiedade, ócio, preocupação, tristeza etc., não.
A ansiedade é um vilão, que na dieta para emagrecer deverá ser identificado, o que é feito individualmente, cada pessoa tem tipos diferentes de situações que provocam ansiedade e estabelece um tipo particular de conexão ansiedade - comida. Esta ligação deverá ser desfeita.
Muitas pessoas sabotam a própria dieta. Vai tudo bem. Acontece um ataque de comer e adeus dieta. Muita comida é ingerida em pouco tempo, na maioria das vezes sem prazer algum, movidas pela ansiedade. Identificar os primeiros indícios do impulso de comer e evitá-lo deverá ser um dos objetivos principais da abordagem psicológica.
Muitas pessoas têm um beneficio mantendo-se gordas e, o que é pior, não tem consciência disso. Alguns justificam outros problemas seus mantendo-se gordos. Pessoas tímidas, com dificuldade de relacionamento social, pessoal, pessoas que não se relacionam com o sexo oposto, que tem dificuldades sexuais podem esconder-se atrás da obesidade, erguendo uma autêntica barreira entre elas e o mundo. Se estes e outros fatores que mantém uma obesidade não forem tratados o candidato a emagrecimento mais cedo ou mais tarde inviabilizará seus mais sinceros propósitos!
Engordando ou mantendo-se gorda a pessoa restringe outros prazeres. Evita reuniões sociais, contatos, situações de afeto, esportes, vida sexual etc.
Sabe o que acontece? A comida cresce como principal e talvez única fonte de gratificação. A pessoa engorda mais, fecha-se mais na comida e está formado o círculo vicioso. Identificá-lo pode ser um trabalho longo, mas necessário para o bem estar.

Anabolizantes
Algumas pessoas fazem uso dos esteróides anabolizantes para melhorar o desempenho atlético e/ou aparência física.
Efeitos dos anabolizantes no cérebro
Os efeitos agudos dos esteróides anabolizantes no cérebro são bem diferentes dos decorrentes de abuso de outras drogas. A principal diferença é que os esteróides anabolizantes não produzem euforia, significando que não engatilham a elevação rápida do neurotransmissor dopamina. Porém, o uso em longo prazo de esteróides anabolizantes pode ter impacto em substância químicas do cérebro, afetando o humor e comportamento. Relatos sugerem que esteróides anabolizantes podem contribuir para problemas psiquiátricos. Pesquisas mostram que o abuso no uso de anabolizantes pode levar a agressão e outros efeitos adversos. Alterações extremas de humor podem ocorrer, incluindo sintomas de mania que poderiam ocasionar violência. Pesquisadores também observaram que muitos usuários de esteróides anabolizantes sofrem de ciúme patológico, irritabilidade extrema, delírios, e julgamento prejudicado pela sensação de invencibilidade.
Efeito potencial de dependência dos anabolizantes
Estudos em animais indicaram que os anabolizantes têm potencial de dependência, como outras drogas viciantes. Essa propriedade é mais difícil de demonstrar em humanos, porém o potencial de dependência é consistente com a continuação do uso apesar dos efeitos negativos físicos e nas relações sociais. Pessoas que usaram esteróides anabolizantes passaram por sintomas de abstinência quando pararam de tomar a droga. Esses sintomas de abstinência incluem oscilações de humor, fadiga, impaciência, perda de apetite, insônia, redução do desejo sexual e vontade forte de voltar a usar os anabolizantes. Um dos sintomas mais perigosos de abstinência é a depressão, pois ela pode levar ao suicídio.
Efeitos adversos dos anabolizantes na saúde
O uso de esteróides anabolizantes pode ter como efeitos problemas de saúde sérios e até irreversíveis. Alguns desses efeitos mais perigosos incluem dano ao fígado, icterícia, retenção de fluidos, pressão alta, elevação do colesterol LDL (colesterol ruim) e diminuição do colesterol HDL (colesterol bom). Outros efeitos dos anabolizantes que foram relatados incluem insuficiência renal, acne severa e tremores.
Adicionalmente, há alguns efeitos dos anabolizantes que são específicos para o sexo e idade da pessoa, como:
Homens – diminuição dos testículos, redução da quantidade de esperma, infertilidade, calvície, desenvolvimento de seios, elevação no risco de câncer de próstata.
Mulheres - Crescimento de pêlo facial, calvície de padrão masculino, alteração ou interrupção do ciclo menstrual, crescimento do clitóris, voz grossa.
Adolescentes - crescimento interrompido devido à maturação esqueletal prematura e aceleração das mudanças da puberdade.
Suplementos Alimentares
São vários, por isso a necessidade de avaliação por profissional competente, assim tentarei sintetizar algumas informações:
O sene: tem efeito laxativo, dando rapidez ao trânsito intestinal, porém em médio prazo, prejudica as vilosidades intestinais causando obstipação;
Hoodia Gordoni: usado para reduzir a fome (não há comprovação disso) está proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por falta de legalização no Ministério da Saúde;
Chá verde: Esse famoso chá tem uma ação lipolítica, antioxidante, desintoxicante e facilitadora da digestão. Estudos feitos em seres humanos, extratos de chá verde estimularam o sistema nervoso simpático, aumentaram o gasto energético e a oxidação de gorduras, apesar de pequena ou nenhuma redução do peso. É contra-indicado para gestantes, pessoas hipertensas ou que sofram de gastrite.
Cafeína: Encontrada em grãos de café e de cacau, chás, refrigerantes tipo cola e chocolate. Alguns estudos mostram um discreto efeito de elevar o metabolismo, mas em estudo específico, não foi demonstrada nenhuma diferença na perda de peso de pessoas obesas.
Crômo: é um mineral oligo elemento, que vem sendo utilizado como suplemento alimentar. Promete melhorar a queima de gordura atuando na aceleração da perda de peso. Ajuda a manter os níveis normais de glicemia. Estudos mostraram pequena redução de peso, mas sem significado clínico. O uso contínuo tem provocado efeitos adversos, como a ocorrência de lesões renais.
Capsaicina: composto químico presente na pimenta tipo chili. Estudos em humanos mostraram aumento do gasto metabólico em repouso e redução da ingestão alimentar. Não tem comprovação científica em relação à perda de peso.
Acido Linoléico Conjugado (CLA): é um suplemento alimentar derivado da gordura encontrada no ovo, nos laticínios e na carne. Tem um suposto efeito de aumentar a utilização da gordura pelo organismo, promovendo o emagrecimento e o aumento da massa magra. Mas ainda não há comprovação científica.
Quitossana: fitoterápico que tem o suposto efeito de atuar no controle do excesso de gordura da dieta. Sua estrutura química é semelhante ao da celulose de fibras dietéticas. Estudos sugeriram que ela reduz a absorção intestinal das gorduras. Porém, não foram observados efeitos da quitossana na perda de peso, nem a presença de gordura nas fezes dos indivíduos testados. Por outro lado, alguns efeitos adversos foram constatados, entre eles está a obstipação intestinal.
Efedrina: possui a mesma estrutura química das anfetaminas e seus efeitos similares como: aumento dos batimentos cardíacos e pressão arterial. Combinando-se efedrina, cafeína e aspirina prolonga-se a ação da efedrina, como também seus efeitos adversos e complicações severas, com efeitos colaterais como: infarto do miocárdio, derrame, convulsão, psicose, arritmias e morte
Androstediona: É um “pró-hormônio” esteróide que é convertido em testosterona e, pelas informações dos laboratórios, esta aumentaria a massa muscular e a força, mas estes efeitos não foram confirmados.  Observou-se queda dos níveis de HDL, o colesterol bom, e aumento nos níveis séricos de estrógeno, causando evidências de consequências adversas ao sistema circulatório com o uso prolongado, ou com altas doses desta suplementação.
Suplementos protéicos: É uma prática comum entre praticantes de musculação, já que o treinamento de força resulta em uma necessidade diária maior de proteínas. Entretanto seu uso abusivo é capaz de induzir que o excesso de aminoácidos venha a se converter em energia que por sua vez se traduzirá em níveis elevados de Cetose, acidez e amônia que podem levar, em longo prazo, a sobrecarga renal, desidratação e problemas cardiovasculares.
Por isso não se pode prescindir de uma avaliação nutricional para se tomar suplementos.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Não consegue dormir bem? Solidão pode ser a culpada

Estudo publicado no site hypescience
Segundo um novo estudo, sentir-se isolado e desconectado das pessoas ao seu redor pode impedir que você tenha uma boa noite de sono, mesmo que você não estiver ciente disso.
A pesquisa sugere que pessoas que se sentem solitárias tendem a experimentar mais agitação noturna e interrupções do que seus colegas mais bem ajustados.
Em parte, isso pode explicar por que a solidão tem sido associada com problemas de saúde como pressão alta, doenças cardíacas e depressão.
“Em experimentos de laboratório, quando as pessoas são intencionalmente acordadas várias vezes, isso parece ter efeitos sobre seu metabolismo. A sensibilidade à insulina cai, quase sugerindo que um sono ruim poderia colocá-los em maior risco de diabetes tipo 2, por exemplo”, explica a pesquisadora Lianne Kurina, professora de epidemiologia na Universidade de Chicago, EUA.
No estudo, a ligação entre solidão e interrupções de sono persistiu mesmo após os pesquisadores levarem em conta estado civil e tamanho de família.
Isso ressalta uma importante distinção entre a solidão e o isolamento social: a quantidade de pessoas que sentem solidão, em última análise, depende de como elas percebem sua situação social, e não da situação por si só.
“Pode haver pessoas com muitas conexões sociais que se sentem terrivelmente solitárias, e, por outro lado, há pessoas com relativamente pequenas redes sociais que se dão muito bem”, diz Kurina. “Diferentes pessoas têm diferentes necessidades em termos de relacionamentos – e é o espaço entre o que você quer e o que você tem que pode se transformar em solidão”.
Os 95 participantes do estudo tinham fortes conexões sociais, e faziam parte de uma comunidade muito unida, rural, em South Dakota, EUA. No entanto, mesmo pequenas diferenças em seus graus de solidão tiveram um impacto sobre seu sono.
Os participantes relataram quantas vezes sentiam a falta de companheirismo, se sentiam deixados de fora, ou isolados dos outros, etc. Os pesquisadores usaram essas respostas para criar uma escala de solidão padrão.
Então, por uma semana, os participantes usaram um dispositivo de pulso à noite que registrava o movimento do corpo e a perturbação do sono.
Cada aumento de um ponto na escala de solidão foi associado com um aumento de 8% em perturbações do sono e inquietação, mesmo quando os cientistas controlaram para idade, sexo, índice de massa corporal, distúrbio respiratório conhecido como apneia do sono, e emoções negativas como depressão, ansiedade e estresse.
A solidão não pareceu influenciar a qualidade do sono ou sonolência diurna, no entanto. Mais pesquisas serão necessárias para determinar se estas perturbações de baixo nível podem ter efeitos sobre a saúde, semelhantes aos observados em experimentos quando os voluntários são acordados, mas parece plausível que as consequências de saúde sejam comparáveis.
Segundo os pesquisadores, faz sentido que alguém que se sente sozinho e vulnerável possa acordar mais facilmente durante a noite, já que os primeiros seres humanos podem ter evoluído esta tendência para se proteger contra ameaças em potencial.
Mesmo agora, sentimentos de solidão podem ser saudáveis, pois eles podem encorajar os seres humanos a fazer conexões sociais. No entanto, problemas podem surgir se a solidão se tornar crônica.
“As pessoas muito solitárias, que sentem isso há um bom tempo, podem começar a esperar rejeição, até o ponto onde se torna uma profecia autorrealizável”, diz Kurina. Por esta razão, não é sempre útil dizer a alguém que se sente isolado e inseguro para apenas fazer amigos, arrumar um animal de estimação, ou procurar um amor.
Então, o que um coração solitário deve fazer?
Começar a reconstruir suas relações sociais de uma forma emocionalmente segura. “Envolver-se em situações onde você não está, necessariamente, esperando que as pessoas lhe ‘deem’ algo, mas onde você é o que dá – como voluntariado, ou reuniões de interesse comum, como grupos de leitura”, diz a pesquisadora. “Aos poucos, você começará a ver o mundo – e seus relacionamentos – de uma forma mais positiva”.
Dormir mal sempre afeta o nosso cotidiano e quando isso torna-se uma constante a situação se agrava, localizar o problema já não é facil, mas quando localizado, nos vemos sozinhos e sem saber como resolver a situação. Não se assuste, procure um profissional para te ajudar.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Consumo de antipsicóticos cresce entre crianças e idosos


Esta matéria é continuação da publicada na semana anterior , aqui neste blog, sobre: Droga psiquiátrica é veneno para crianças...
Estamos nos tornando uma nação de psicóticos? A questão que tem inflamado debates nos EUA, por conta do aumento no uso de drogas antipsicóticas, chegou ao Brasil. Essa classe terapêutica já é uma das mais comuns entre as de venda controlada por aqui.
Dados de um recente boletim divulgado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) mostram que a maior parte (44%) dos 143 tipos de medicamento controlado à venda no país servem para tratar transtornos mentais e comportamentais.
Os antipsicóticos, indicados principalmente para esquizofrenias e transtornos bipolar e maníaco-depressivo, respondem por 16,1% do total. Os antidepressivos vêm em seguida, com 15,4%.
A Anvisa não sabe informar quantas unidades de cada produto foram vendidas nem a frequência do consumo. O mercado de antipsicóticos movimentou R$ 306,8 milhões nos últimos 12 meses, segundo a IMS Health, consultoria especializada na indústria farmacêutica.
Especialistas dizem observar um crescimento na indicação de antipsicóticos na infância, na adolescência e na velhice, seguindo a tendência norte-americana.
Segundo estudo da Universidade Columbia (EUA), as receitas de antipsicóticos para crianças de dois a sete anos, para tratar doenças como transtorno bipolar, dobraram de 2000 a 2007. Estima-se que 500 mil crianças nos EUA usem essas drogas.
 SEM INDICAÇÃO
O psiquiatra Theodor Lowenkron, da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, reconhece que o uso dos antipsicóticos tem provocado controvérsia, mas defende que os medicamentos, quando bem indicados, podem ser usados na infância, na adolescência e na velhice. "Tem que haver transtorno mental com sintomas psicóticos. E a indicação nesses casos deve ser feita com muita cautela, com doses menores comparadas às dos adultos."
A pediatra Ana Maria Escobar, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, conta que é cada vez mais frequente a indicação de remédios para crianças, mesmo quando não há um distúrbio psiquiátrico. "Atendi um menino que já estava tomando remédio para deficit de atenção, mas o que ele tinha era um problema auditivo. Não aprendia porque não ouvia."
 RISCOS
Embora a prescrição de antipsicóticos não tenha sido aprovada para idosos com demência ou psicose relacionada com demência, o uso desses medicamentos tem aumentado entre os mais velhos, especialmente aqueles internados em asilos.
Segundo a psiquiatra Ana Cecília Marques, da Unifesp, a indicação de antipsicóticos para tratar demências tem várias restrições em razão dos efeitos adversos. "Eles podem causar muitos danos aos idosos, como a redução da pressão arterial, que pode levar a quedas."
Vários estudos sugerem que os antipsicóticos aumentam o risco de diabetes, derrame, pneumonia e morte em idosos com demência.
Na opinião de Marques, são três as explicações para o aumento na prescrição de antipsicóticos: a busca por resoluções rápidas para conflitos, a preferência dos psiquiatras por indicar remédios a investir em terapias mais demoradas e o assédio da indústria farmacêutica nessa área.
"A indústria farmacêutica pode estimular o uso excessivo ou desnecessário dessas drogas, mas os órgãos reguladores devem coibir isso", diz Theodor Lowenkron.
Para psicólogo, remédio psiquiátrico ajuda crianças hiperativas
Embora haja casos de "excesso de diagnóstico" de hiperatividade em crianças, não se pode negar que, muitas vezes, o medicamento é um componente importante para melhorar a situação de quem tem a doença.
É o que defende Thiago Rivero, secretário da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia e pesquisador da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). "É verdade que, sozinho, o medicamento melhora o desempenho acadêmico dos meninos por apenas um ano. Depois, os efeitos desaparecem. Mas ele cria o ambiente neuronal que possibilita a melhora", afirma Rivero.
Para o pesquisador, o consenso na área é que o tratamento para crianças com distúrbio de atenção deve ser "multimodal", combinando a medicação com estratégias comportamentais, que ajudem as crianças a entender seu próprio estado mental.
"Tudo é uma questão de frequência e de intensidade. Nos pacientes em que o problema é muito intenso e muito frequente, os sintomas só poderão diminuir com o tratamento farmacêutico", afirma o pesquisador da Unifesp.
Eu, autora deste blog e como psicóloga não sou contra os medicamentos e sei dos benefícios e da necessidade que eles trazem quando aplicados em momentos certos a casos indicados. Um ser não é uma maquina que troca uma peça e volta a funcionar, somos complexos. Gosto de trabalhar com vários profissionais, além do psiquiatra, quando é o caso, busco orientar os responsáveis pelo paciente para irem a fonoaudiólogo, oftalmologista, nutricionista, neurologista, entre outros profissionais. Um remédio aplicado na hora certa traz diversos benefícios, mas o contrário poderá acarretar problemas gravíssimos.