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Barueri, São Paulo, Brazil
Sou psicóloga e atendo no Centro Comercial de Alphaville - SP e pelo site da psicolink. Sou voluntária no projeto CineMaterna. Mais informaçoes clicar em "Contato".

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Orientação Psicólogica

Conforme já comentei e tem em meus contatos eu realizo orientações psicologicas através da pagina www.psicolink.com.br e esta semana saiu uma nota sobre o mesmo na revista Isto é conforme materia abaixo:

Comportamento

| N° Edição: 2174 | 07.Jul.11 - 10:30 | Atualizado em 11.Jul.11 - 16:39
No cyberdivã
Pacientes trocam os tradicionais consultórios dos psicólogos pela conversa virtual e fazem terapia por meio do computador, sem pegar trânsito e pagando menos
João Loes

Conforto
Breno Gorgulho em casa: sessão online custa R$ 65

São quase 20 h na cidade de São Paulo e o gestor de negócios Breno Gorgulho, 33 anos, se aninha em uma confortável poltrona de sua casa. Com calma, ele abre o laptop, entra com seus dados num site e dá início a mais uma das 20 sessões de orientação psicológica que comprou pela internet. Do outro lado, um psicólogo acompanha o desfiar das aflições do paulistano por meio de uma webcam. Pelo encontro, que durará 50 minutos, Gorgulho desembolsará R$ 65. “É uma maravilha”, diz ele. “Só o tempo que eu economizo não tendo que me deslocar pelo caos que é o trânsito já vale o investimento”, sintetiza. Atualmente, 62 sites têm autorização do Conselho Federal de Psicologia (CFP) para prestar esse tipo de serviço pela rede (obtida em 2010, quatro vezes mais que os registrados em 2009).

Mesmo que os 50 minutos de atendimento funcionem quase da mesma forma que uma psicoterapia breve – centrada em um problema específico e com duração limitada –, a orientação psicológica virtual ainda não pode ser descrita e vendida dessa maneira, embora em países como o Canadá e a Inglaterra isso já aconteça. “O CFP tem receio de autorizar os sites a chamar esse serviço de terapia por não saber muito bem como fiscalizar os atendimentos”, explica a psicóloga brasileira Milene Rosenthal, dona do Psicolink. Com o tempo, porém, tudo indica que o conselho autorize essa mudança, que deve trazer ainda mais pacientes aos consultórios virtuais. “A meu ver, os benefícios são maiores que os prejuízos”, diz Luciana Ruffo, psicóloga do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Luciana lembra, por exemplo, que as sessões pela internet facilitam o tratamento de pacientes que têm dificuldades físicas ou psicológicas para sair de casa ou, ainda, de pessoas que moram no Exterior e não falam a língua local. A dificuldade de locomoção em grandes cidades também pesa. “Mas falta a presença física, há a questão dos problemas técnicos durante o atendimento e a fragilidade do sigilo no mundo virtual”, ressalva. Com o tempo, tudo indica que a orientação psicológica virtual entrará para a lista de ferramentas dos psicólogos, que continuarão atendendo presencialmente, mas terão essa opção para ajudar o crescente número de aflitos que inundam seus consultórios.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Lutos e Perdas

Conversando com uma amiga, ela solicitou para eu postar algo sobre lutos e perdas, assim escrevi algo, espero que ajude.

A nossa vida é cheia de perdas e lutos, de altos e baixos. A maior dor, porém, é a perda de alguém muito querido, como pai, mãe, esposo ou esposa; alguém com um laço afetivo muito forte. Geralmente, associamos a perda ao luto, mas existem situações em nossa caminhada que são tão intensas que vivemos uma perda como um luto. Um exemplo são as separações, as mudanças de cidade ou trabalho, o término de um namoro, a mudança de escola, decepções, traições etc.
A morte desorganiza, deprime. Quanto mais próxima a pessoa ou a situação que se perde, mais difícil e delicado é o processo de recuperação. Mas é importante lembrar que o luto tem começo, meio e fim. Nesse processo, a dor da perda se transforma em saudade, e a vida continua, com outro sentido.
Os sintomas do luto são divididos em fases: choque, negação, raiva, depressão e aceitação. Nesse processo, a pessoa experimenta desinteresse pela vida, culpa, baixa auto-estima, angústia, revolta. A duração e a intensidade desses sentimentos vão depender do histórico de perdas da pessoa, e também do grau de relação com quem morreu, a perda mais dura seria a de um filho, e do tipo de morte. Nas mortes traumáticas, acidente, suicídio, assassinato, pode haver uma fase de negação mais prolongada, a culpa e a revolta podem aparecer com mais intensidade.
Para superar o luto, é importante não sublimar a dor. Assumir que você tem direito de estar de luto, de chorar, de querer se recolher, de sentir a dor da ruptura. Não tente mascarar a realidade e os seus sentimentos.
A dificuldade em encarar o fim da vida, como parte da existência é o que faz do luto uma experiência tão assustadora.
De maneira geral, leva-se de um a dois anos para aceitar a perda. Nesse período vão ocorrer pela primeira vez as datas importantes: aniversário, natal, os momentos que a família costuma se reunir, momentos que as lembranças se fazem mais fortes.
O modo patológico de lidar com estas perdas trazem muito sofrimento e angústia pra própria pessoa e para aqueles que convivem com ela. Quando se percebe que não está conseguindo vivenciar o luto, permitir-se sentir a dor ou a mesma está impactando nas necessidades do cotidiano, como trabalhar, alimentar-se, cuidar da higiene própria e da casa, não saindo da fase inicial ou então a pessoa nem sequer entra no luto, age como se nada tivesse acontecido. Nesse luto adiado, a dor fica guardada em algum lugar e um dia emerge sob outra forma, normalmente de depressão. Nestes casos deve ser tratado através de psicoterapia. Junto com o psicólogo a pessoa irá vivenciar uma espécie de revivência do passado.
Este não é um processo fácil e rápido, mas é fundamental para que a pessoa possa se construir em bases mais sólidas e firmes, sem se sentir despedaçada e fragmentada cada vez que experimentar uma perda.
O sofrimento precisa ser superado, e o único meio de superá-lo é suportando-o. O sofrimento nos constrói ou nos destrói, por isso temos que sofrer o que temos para sofrer, mas permitir que a vida prossiga, pois a reação mais justa perante o sofrimento é a superação.